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Torre de Controle

Updated: Jun 4, 2023

A logística nas telas eletrônicas em grandes dimensões


Crédito: SEAT: Project Supply Chain Control Tower EN


Uma excelente ferramenta de gestão está em alta no seguimento da logística.


A Torre de Controle.


Essa poderosa estratégia entrega à organização detentora muitas informações em tempo real para administrar os ciclos e fluxos das demandas operacionais nas mais diversificadas aplicações e em cada estágio minuciosamente apurado.


Isso permite a interface com os clientes e stakeholders pela visão nítida das performances, contribuindo para que os processos adjacentes como kanban, just in time entre outros, principalmente a última milha que é a chamada “cereja do bolo” operacional transcorram conforme ou melhor do que as estimativas.


Desde um carregamento completo proveniente da agro indústria e prestes a ser entregue em algum terminal portuário ou um diminuto pacote de 200 gramas de um ansioso cliente do e-commerce podem ser rastreados e com resultados confiáveis pelo status informado. Obviamente essas plataformas fornecem muito mais dados e informações que alimentam processos e estatísticas para a gestão plena da operação logística.


As interfaces de múltiplas plataformas podem agrupar e concentrar resultados de interesses específicos e figuram em diversas telas e em formatos de vistosos dashboards, realmente um artifício de KPIs (Key Performance Indicator) muito dinâmico, desde que a tecnologia associada à inteligência artificial efetivamente ofereça resultados além das fantasiosas telas gigantes que impressionam como um show room a visitantes e clientes que entendem a empresa usuária como um benchmarking evolutivo.



Se você leitor está tentando entender o que há de conexão dessa tecnologia com a Segurança no Trânsito, foco primordial deste Blog, logo entenderá como que há sim um sentido de aplicação.


A Torre de Controle, do ponto de vista nominativo, é uma alusão ao sistema de tráfego aéreo no qual a organização dos voos e movimentação das aeronaves, desde os pátios dos aeroportos, são regidos por sete pilares básicos pelo chamado ATC da sigla inglesa (Air Traffic Control) ou Controle do Tráfego Aéreo e a TWR (Torre) é um desses pilares.


https://www.ainonline.com/aviation-news/business-aviation/2018-05-23/testing-proves-multiple-remote-tower-operations-can-work-europe


A rigor, todos os sete pilares visam primariamente a segurança do voo assim como o ordenamento da movimentação em solo e no ar segundo rígidos padrões internacionais que devem ser seguidos com precisão cirúrgica. As mensagens são objetivas, claras e seguem protocolos internacionais tanto do idioma inglês ou na língua do país local e uma fraseologia típica que evita conflitos de entendimentos.


Os sete estágios possuem cada qual uma autonomia desde o planejamento do voo, a movimentação no pátio, o controle de saída e chegada no aeroporto, o controle de tráfego após o aeroporto até uma área de 100 km aproximados, controle em rota que podem incluir diversas zonas de domínio no país e no exterior e os mesmos controles em ordens inversas na chegada ao destino.



Imagem: arte do autor


Falar em Torre de Controle na logística é uma excelente oportunidade para integrar a telemetria e vídeo monitoramento de modo a assegurar uma condução dos veículos em condições seguras e racionais na totalidade dos deslocamentos.


Não basta analisar os históricos das viagens. É fundamental atuar no ato do deslocamento. Uma direção indevida pode ocasionar um sinistro e o quanto antes se intervir maiores serão as chances da prevenção.


A interface e conectividade do veículo com um centro de controle pode ser definidos por tecnologias e criatividade. Localidades cujos sinais de GPS e celulares desaparecem podem armazenar dados offline e retomar transmissões ao alcançar pontos de acessos restabelecidos.


Esses desafios nas telecomunicações tendem a ser superados na própria evolução da TI em diversas frentes de aplicações.


Isso pode significar um enorme desconforto e animosidade dos motoristas que provavelmente se sentirão tolhidos de sua liberdade, invadidos da privacidade e intimidade habitual, porém é tempo desses profissionais se adequarem e entenderem que os caminhões autônomos em grande desenvolvimento nos países da América do Norte e Europa estão muito próximos de se tornarem uma rotina.


Não seriam os caminhões autônomos um simples modismo, mas uma tomada de decisão da indústria e da sociedade que enxergam os limites humanos frente aos desafios de uma direção segura e eficiente em cenários que provocam fadigas, estresses e outros fatores adversos, expondo assim muitas pessoas e patrimônios aos riscos de sinistros.



Obviamente há muitos detalhes a serem vencidos até que os veículos autônomos efetivamente circulem comercialmente pelo planeta, mas até que isso aconteça, é fundamental que as empresas se comprometam com a governança também na prevenção extrema dos sinistros de trânsito, adotando todos os mecanismos possíveis para não serem ligadas às nefastas estatísticas de mortes e feridos no trânsito.


O PNATRANS nesse cenário


O Governo Federal determinou através do CONTRAN diversas ações pela redução das mortes no trânsito através do PNATRANS que é o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito 2021 citado na Resolução 870/2021 e no Primeiro dos seis Pilares, aborda uma diretriz estratégica nesse sentido.


(Sobre o PNATRANS eu publiquei um Artigo em 07/10/2021 resumindo o conteúdo que pode ser acessado pelo link https://www.safethy.com.br/post/pnatrans )

No referido Pilar as Iniciativas e Ações não se limitam ao Estado. A sociedade civil, principalmente as entidades empresariais ligadas ao transporte possuem elevados compromissos na mitigação dos sinistros de trânsito. Essas ações podem e devem ser tratadas através de informações e dados estatísticos assim como a adoção de sólidos Planos de Ações que visem a morte e feridos zero.


A bandeira empunhada é que nenhuma morte ou lesão grave no trânsito é aceitável, que todos cometem erros e estão vulneráveis a lesões. Além disso, prevê que a gestão da segurança no trânsito seja integrada e proativa, com responsabilidade compartilhada, entre outros princípios.



Engavetamento devido condições adversas de gelo na pista associadas com negligências de condutores ocasionaram um engavetamento envolvendo 133 veículos, 6 mortes e dezenas de feridos na região da Fort Worth na I-35 Highway, Texas USA em maio de 2021. Imagens crédito The Dallas Morning News - www.dallasnews.com


ADESÃO AO PROGRAMA LAÇO AMARELO


Uma das formas de implementar ações corporativas pode ser pela inclusão da empresa no Programa Laço Amarelo.




A adesão de Empresas, Entidades e Municípios ao Programa Laço Amarelo é simples e sem burocracia, basta que a empresa, entidade ou prefeitura querer ajudar na conscientização para um trânsito seguro. A adesão se dará por meio de um contrato particular de prestação de serviços entre o ONSV Observatório Nacional de Segurança Viária (www.onsv.org.br) e a instituição interessada.


A EVOLUÇÃO DAS TORRES DE CONTROLE NOS AEROPORTOS


As tradicionais Torres de Controle ao longo da maioria dos aeroportos pelo mundo estão evolução deixando as tradicionais construções de concreto ou metálicas muito altas e dispendiosas onde os controladores valem-se dos sistemas de comunicações e ainda usam binóculos para identificação de aeronaves e veículos nos pátios e em voo nas proximidades.


A nova realidade trouxe as Torres de Controle Virtuais totalmente dotadas de grandes telas digitais que cobrem os 360º do aeroporto podendo os controladores não necessariamente trabalharem nos topos de edifícios, opcionalmente ate mesmo em uma grande sala ao nível do piso.


As potentes câmeras dome cobrem com incríveis nitidez de imagens até mesmo uma pessoa caminhando em local de risco próximo às pistas de táxi ou de decolagens, sem uso de binóculos, mesmo com iluminação natural fraca. As aeronaves mostradas nas telas já apresentam um tag de identificação automaticamente obtido pelo transponder, facilitando a identificação e evitando erros que podem oferecer riscos à segurança dos voos.


Enfim, a tecnologia das TWR primam pela Segurança da Aviação, e que isso seja um exemplo a ser seguido pela Logística, principalmente no controle da frota em deslocamento pelo nosso país em todos os quadrantes.



Agradeço por mais essa leitura e ao Ricardo Paes, Gerente Operacional em Transportes em Guarulhos, SP pela gentil contribuição com a sua mensagem sobre a Segurança no Trânsito postada logo abaixo.



NO TRÂNSITO, ESCOLHA A VIDA!


Abraços


Thyrso Guilarducci


Rev.1 - 06/2023



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