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  • Writer's pictureThyrso Guilarducci

Mestres em Comando

Updated: May 24, 2021

17 - Estratégias para a Segurança



No post anterior o tema abordou, entre outras questões, as estratégias preventivas e o comentário era sobre pedestres.


Outros fatores podem exigir uma rápida atitude do motorista. Por exemplo, seguindo em marcha normal na via, uma máquina agrícola, um trator ou veículo excessivamente lento à frente.


Nesses casos é fundamental estar atento antes da chegada ao ponto do obstáculo, reduzindo a velocidade aos poucos até para assegurar a visão e quando possível, efetuar a ultrapassagem.




Retomando o tópico sobre bicicletas, não é impossível ser surpreendido por um ciclista transitando no bordo da pista de uma rodovia. A rigor não poderia, mas a vida do ciclista não pode estar em jogo sobre o certo ou errado. Isso compete à autoridade de trânsito. O que resta é evitar uma aproximação de risco e desviando com segurança para não derrubar o ciclista.



Relembrando




Observe que no quadro acima há uma menção sobre fazer sinal ao pedestre. Realmente isso é muito comum, uma atitude do motorista primeiramente cumprindo a Lei. Além disso, a cortesia e civilidade permitindo ao pedestre que tem a preferência não havendo sinalização semafórica.


Então qual seria o problema de acenar ao pedestre ou os lampejos de farol?


O problema está na confiança que o pedestre entende possuir pela atitude do motorista e muitos deles até acenam de volta e fazem sinais de agradecimentos.


Não fossem os riscos do tráfego local isso seria louvável. Vejamos: ao sinalizar para um pedestre efetuar o cruzamento da via, ele pode confiar cegamente no sinal do motorista mas não perceber que um outro veículo em sentido oposto venha em alta velocidade.


O pedestre pode ser atropelado pelo imprudente motorista. Ao analisar o cenário do acidente, o fator causador primário do atropelamento foi a imprudência do veículo que transitava em alta velocidade e não parou para o pedestre. Como fator secundário, o desvio da atenção pelos sinais que o motorista que cedeu a passagem fez para ele empreender a travessia.


O que fazer então? Parar o veículo simplesmente e deixar o pedestre tomar ciência do tráfego. Não fazer nenhum gesto ao pedestres. Infelizmente essa teoria não é aplicada e o que é costume é aquele sinal com as mãos para o pedestre passar. Eu mesmo faço (fazia) isso.


Pistas derrapantes



Já comentei em posts anteriores sobre os riscos das pistas derrapantes. Não custa relembrar: o único ponto de contato do veículo com o pavimento é através dos pneus. Por essa razão, os pneus devem estar em perfeitas qualidades e dentro dos limites legais de profundidade do sulco. A marca TWI está em diversos pontos do pneu e ela informa facilmente se a banda de rodagem está acima dessa marca. Uma simples e rápida visualização e comparação. Pela Lei o limite mínimo possível é de 1,6 mm embora nessa condição mínima, seja legal, em casos de chuvas ou poças de água, a possibilidade de uma aquaplanagem será maior do que um pneu com mais profundidade dos sulcos. A drenagem no escoamento é mais eficaz.


Veja na imagem do TWI abaixo. Nos caminhões e ônibus são as mesmas marcas!



Além de tomar conhecimento de que apenas os pneus são pontos de contato com a pista, somente uma parte do pneu é que toca o solo. Por isso é importante que a aderência seja assegurada, tanto para tração como para frenagens e direcionamento.


Atitudes com pistas escorregadias





Atitudes durante as condições adversas de meteorologia



Já comentei em posts passados sobre as questões da visibilidade. Mesmo assim vamos repassar para que fiquem bem alertados.


Chuvas


Normalmente deixam as pistas escorregadias, ocultam buracos, afetam a visibilidade, os parabrisas ficam embaçados internamente, provocam aquaplanagens, poças de água podem ser mais profundas do que se imagina, a direção fica menos firme devido o volume de água sobre o pavimento.


No início das chuvas é o pior momento quando a sujeira da pista como óleo, graxas e impurezas misturam-se com as primeiras gotas e formam uma camada escorregadia.


Utilizar o limpador de parabrisas, farol baixo, lanterna, ar condicionado (se houver) para desembaçar a cabine, reduzir a velocidade, aumentar a distância entre o veículo que segue à frente, não frear ou esterçar bruscamente.


Nunca usar o pisca alerta com o veículo em movimento! Se a chuva for muito intensa e comprometer a visibilidade totalmente, procurar local seguro e aguardar a melhora do tempo. Não parar no acostamento devido aos riscos de colisões.


Neblina ou nevoeiro


De certo modo são providências iguais às das chuvas. Como a visibilidade será o principal problema, só prosseguir se enxergar uma distância razoável à frente.

No mais valem as dicas acima.


Poeira


Esse fator normalmente é rápido e não persiste num longo trecho. Reduzir a velocidade, acender farol baixo. Caso algum veículo segue à frente numa estrada, aumente a distância dele para que o pó seja menos intenso.


Neve


No Brasil é praticamente inexistente, salvo em algumas regiões do extremo Sul e no inverno. Ainda assim, se estiver nesses locais ou viajar para países da América do Sul, siga as recomendações das autoridades sobre o tipo de veículo que está dirigindo e quais os equipamentos obrigatórios. Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Peru, Bolívia, Colômbia, cada qual possui requisitos que nem sempre são padronizados pelo Mercosul, até porque a maioria desses países não fazem parte desse acordo.


De um modo geral, os riscos em condições de neve e/ou gelo estão ligados à falta de tração. Os veículos sejam qual for não obedecem à direção e nem os freios. Patinam ao acelerar e muitas vezes deslizam até quando estão parados com freio de estacionamento acionado.


O uso de correntes ou blindagens de pneus são muito úteis nesses locais, conforme as regras do país. Nos Estados Unidos e Canadá as condições são muito mais severas mas não vou detalhar isso por não ser nosso objetivo.


A neve muito espessa pode acumular-se no teto de caminhões e é necessário limpar antes de seguir viagem. Com a velocidade o vento removerá a neve atirando-a contra os veículos que seguem atrás. Ao dirigir na neve, procurar seguir a trilha dos outros veículos para não descontrolar a direção.


Granizo ou Saraiva


É comum nas tempestades com granizo ou saraivas que ocorram ventos fortes e a visibilidade torna-se muito prejudicada. O melhor nessas situações é estacionar o veículo em local seguro e se possível abrigar sob alguma marquise onde fique protegido das ppedras que atingem o veículo e as pessoas. As saraivas são mais perigosas de provocar danos pois elas têm acima de 5 cm de diâmetro e a queda delas sempre quebram vidros, amassam os veículos e telhados.


Vale atentar que o granizo acumulado na pista é a mesma coisa que uma formação de gelo e a pista ficará extremamente derrapante.


Ventos


Mais um fenômeno menos comum em severidade no Brasil. Seja como for, ao dirigir veículos altos, com pouco peso ou vazios, os riscos de tombamento são altos com ventos laterais que chegam a desalinhar a trajetória do veículo. O indicado é reduzir a velocidade para que a estabilidade aumente e se for ocaso, arrumar local seguro e aguardar o vento ser menos intenso.


Um veículo muito sensível nessas situações são as vans e pequenas caminhonetes baús. Tombam facilmente.


Apenas como curiosidade e informação, nos Estados Unidos e Canadá são muito comuns em zonas de ciclones, tornados e furacões o tombamento de carretas baús e até mesmo algumas graneleiras, principalmente vazias ou com pouco peso embarcado.


No próximo post darei continuidade aos fatores de riscos, como obras na pista etc.


Obrigado pela leitura!


Um especial agradecimento à Izabel Virginia, muito competente terapeuta holística, atuando em Correntina - BA pela sua mensagem logo abaixo no sentido de proteção às vidas na Campanha Maio Amarelo!


Thyrso Guilarducci





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