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Writer's pictureThyrso Guilarducci

As disciplinas acadêmicas

Suporte Básico de Vida




Olá Leitores


Progredindo na publicação dos resumos de cada uma das 27 Disciplinas que perfazem o Curso Superior de Segurança no Trânsito, nesta 13ª etapa chegou a vez de outra fundamental frente de estudos.


O Suporte Básico de Vida


Este Curso possui o objetivo de esclarecer os melhores e corretos procedimentos no atendimento de uma vítima, seguindo protocolos determinados pelo Ministério da Saúde e da OMS Organização Mundial da Saúde.


Normalmente são atendimentos emergenciais decorrentes de acidentes de trânsito, mal súbito, acidentes domésticos ou profissionais e outras causas.


O assunto dominante nesta disciplina possui o nome de PCR no jargão médico e que significa PARADA CÁRDIO RESPIRATÓRIA. É muitíssimo importante que uma vítima receba um atendimento imediato numa circunstância da PCR pois havendo a interrupção sanguínea no cérebro em 4 minutos se estabelece uma lesão cerebral e em 10 minutos a morte cerebral.


O SBV é ainda entendido como relativo às manobras não invasivas para a manutenção da vida e prevenção de lesões irreparáveis.


Existe um nível acima que é o SAV — Suporte Avançado de Vida que visa manobras invasivas específicas e mais complexas para o tratamento de agravos à saúde, porém esse tema não faz parte desta disciplina por ser específico para profissionais da saúde e não socorristas eventuais ou de emergência, exceto quando houver equipe móvel com pessoal habilitado.


Nesse estudo do SBV são detalhados aspectos fundamentais em três capítulos assim divididos didaticamente:


1 - Informações detalhadas do Suporte Básico de Vida


2 - RCP - Reanimação


3 - Atendimento emergencial pré-hospitalar


Além das questões de PCR e RCP são abordados outros temas emergenciais que são graves e exigem atendimentos criteriosos antes da chegada dos paramédicos ou a entrada em alguma unidade hospitalar.


1 - Informações detalhadas do SPV


  • Conhecer como avaliar inicialmente uma vítima

  • Como conferir os sinais vitais

  • Avaliar o cenário

  • Atender às Normas de Biossegurança

São esclarecidas os corretos procedimentos visando ao atendimento da vítima de forma a não agravar seu estado por desconhecimento das corretas manobras e visualizações ou percepções específicas.


Normalmente um leigo que se depara com uma cena de acidente e em desespero ou ansiedade tenta socorrer uma vítima pelo modo que ele entender e isso pode complicar ainda mais o quadro ou até mesmo levá-la a óbito.


O ideal para que isso não ocorra com intervenções dos leigos é pela Educação. Quanto mais aprenderem sobre primeiros socorros maiores chances uma vítima terá de um atendimento pré-hospitalar menos traumático. Claro que a Educação antes de tudo pode e deve ser voltada para a prevenção dos acidentes.

Reduzindo a causa o efeito tende a desaparecer.


Neste capítulo é explicado o envolvimento do perfil do socorrista. Características, aspectos legais e definições.


Um item que nunca pode ser posto de lado é a Segurança Pessoal garantindo ao próprio socorrista como doenças infecciosas e em alguns casos até uma agressão involuntária pela vítima. As vítimas são sempre acessadas com uso de EPIs, são avaliadas em dois estágios, verificação dos sinais vitais e tentar a imobilização o máximo possível para não ocasionar aumento das lesões.


Todas as rotinas que envolvem um atendimento emergencial são explicados neste capítulo, o que significam entre muitas ações, a rapidez, lidar com curiosos e pessoas que atrapalham, como interagir com a vítima, conter sentimentos, comedir a fala, passar informações protocolares ao serviço médico quando o chamar etc.


Um item muito importante no aspecto legal: iniciado o atendimento, jamais abandonar o local e a assistência à vítima até a chegada da equipe especializada no atendimento. Isso poderá tornar-se um crime. Da mesma forma não comentar com curiosos absolutamente nada visando a integridade moral da vítima.


Em resumo:


SBV são medidas iniciais, imediatas e fora do ambiente hospitalar na tentativa de manter os sinais vitais da vítima.


SAV é o uso de técnicas, medicamentos e equipamentos apropriados e por equipe competente, dentro de um ambiente hospitalar (podendo ser móvel como uma ambulância equipada).


Emergência é uma situação que requer imediata atenção. É crítica. Se não houver alguma intervenção de pronto atendimento uma vítima terá seu estado agravado ou irá a óbito.


Urgência é um quadro um pouco menos grave que a emergência devido comprometimento de algum órgão mas que pode aguardar um atendimento em seguida.


Técnicas: o socorrista aprende como identificar os sinais vitais, proceder a PCR de forma protocolar e com ajuda de um terceiro para monitorar tempo, afastar intrusos e curiosos e fazer chamadas de SAMU ou Bombeiros e Polícia.


Basicamente esses dados fecham o primeiro capítulo. Os detalhes são muitos, pois lidar com uma vítima exige muito conhecimento e um erro pode significar uma vida perdida.




2 - RCP - Reanimação

Essa manobra é muito importante para o restabelecimento da circulação sanguínea e respiratória em uma vítima, mas exige corretas formas de se fazer para não prejudicar ou tornar-se ineficaz para o resultado.


Para isso existem protocolos internacionais que devem ser seguidos e são ensinados nos cursos básicos de Primeiros Socorros normalmente em Centros de Formação de Condutores e cursos livres de especialização em trânsito disponíveis nos diversos DETRANs do país.


Antes de entrar em detalhes sobre a RCP, é de fundamental importância que uma pessoa que se disponha a proceder uma manobra nesse sentido deva estar ciente do mais recente protocolo exigido pelas autoridades sanitárias. Isso requer que essa pessoa faça periodicamente consultas aos sites dos bombeiros, de organismos especializados como SAMU, hospitais e associações médicas.


MUITO IMPORTANTE: Nesta publicação eu não pretendo demonstrar os procedimentos de uma RCP devido tratar-se de extrema responsabilidade e cuja aplicação equivocada pode resultar em agravamento de uma vítima e ainda implicar em questões jurídicas. Para essa informação, recomendo acessar as fontes oficiais, como por exemplo o DETRAN-GO que divulga a Cartilha da ABRAMET - Associação Brasileira de Medicina de Tráfego no endereço abaixo:




2 - Atendimento emergencial pré-hospitalar


Nesse capítulo são reforçados o aprendizado das avaliações das vítimas, como abordar corretamente uma vítima de traumas e de queimaduras, procedimentos iniciais para casos de intoxicação, vítimas de ataques de aranhas, cobras e outros venenosos.


O uso de regras por letras facilita o fluxo a seguir. Na hora de uma emergência é fundamental manter a calma e concentração e com as regras em mente as atividades serão melhor conduzidas.


Um exemplo do uso das siglas:


A = Aéreas (Vias aéreas imobilizadas / coluna cervical imovilizada)

B = Respiração, também denominada como ventilação

C = Circulação e hemorragia

D = Avaliação em Neurologia

E = Exposição (exames e ambiente protegido)


Essas siglas são originadas na OMS daí originalmente apresentadas na língua inglesa, no caso na ordem seriam Air, Breathing, Circulation blood, Neurology Diagnosis and Exposure.


Crédito: Pixabay


Para finalizar esse post, devo comentar que o atendimento às vítimas de acidente de trânsito precisa ser feito por questões humanitárias, legais e de princípios éticos. Uma pessoa que não possui a menor condição de envolver-se numa cena de acidente com vítimas sangrando, gritando e ao lado corpos mutilados, de fato deve limitar-se às questões iniciais de um atendimento que é prover o local de segurança para não desencadear novos acidentes.


Ao mesmo tempo, sinalizar adequadamente o local, pedir ajuda a terceiros mais emocionalmente capazes, chamar regaste, bombeiros, polícia e manter-se no local ajudando a conter curiosos e protegendo o local até a chegada das autoridades.


Esses detalhes todos são integrantes desse estudo e é comum que para quem não é íntimo das funções hospitalares fique atordoado com tantos termos técnicos e rotinas numa linguagem altamente especializada.


Na minha opinião uma das disciplinas mas desafiantes no aprendizado como um todo.


Grato pela leitura


Thyrso Guilarducci

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